Foi concebido dentro do curso de Turismo da Faculdade de Turismo e Hotelaria (FTH) da Universidade Federal Fluminense (UFF), na cidade de Niterói.
Sua gênesis ocorreu em 2014-2, com o desenvolvimento de proposta metodológica para o aprendizado da disciplina de Turismo e Transportes. E, em 2015, criou-se o PedalUFF-Tur, grupo da comunidade acadêmica que tinha como objetivo pesquisar a interface entre a ciclomobilidade e o turismo de bicicleta, assim como efeitos multiplicadores. Acreditava-se que a partir do uso da bicicleta na cidade de Niterói, o ciclista buscaria novos horizontes em diferentes partes do mundo. E, assim, criou-se a logo que pode ser visuallizada no blog do PedalUFF-Tur. Mas, com o avanço nas pesquisas somada as transformações sociais, se entendeu que o trabalho era mais amplo...
No final do século XX, grandes cidades, no mundo, apresentavam problemas de trânsito, o que acabava por afetar, indiretamente, a qualidade de vida dos cidadãos e, consequentemente, aumentar os gastos com saúde, tanto pelo cidadão como pelo poder público. Tal cenário teve como causa a prioridade dada ao rodoviarismo.
Visando mudar essa situação, as políticas públicas no novo milênio passaram a pensar o espaço urbano para pessoas. A hierarquia da mobilidade urbana passou a priorizar pedestres, ciclistas, transportes públicos e/ou coletivo de massa, transportes de carga e, por fim, veículos automotores individuais.
Considerando que a demanda turística é constituída por pessoas, as cidades que buscam proporcionar melhor mobilidade para residentes, diretamente influenciam os deslocamentos turísticos.
Cidades com ampla rede de transportes possibilitam que a demanda usufrua deste benefício durante seus deslocamentos. Ademais, muitas vezes, a caminhabilidade se torna o momento único onde a demanda pode compartilhar os mesmos espaços com os residentes, observar e vivenciar os traços culturais da região produzindo sua experiência turística.
Logo, conhecer um destino hoje, não necessariamente está relacionado ao fato de visitar atrativos pontuais, mas principalmente explorar o destino por meio dos transportes, o que inclui a caminhabilidade.
E, no caso de cidades onde o design urbano ainda disponibiliza espaços de convivência e de práticas esportivas ampliando as possibilidades de aquisição de uma vida ativa, esse cenário pode ser apropriado pela atividade turística.
Assim, o grupo de pesquisa Experiências em Turismo e Transporte Ativos - ETTA - surge em 2020 como o resultado do amadurecimento de um trabalho iniciado em 2014. Inicialmente com foco apenas no modo de bicicleta e, posteriormente, refletindo sobre a atividade física como um todo ao pensar deslocamentos e mobilidade turística.
Nas páginas deste blog poderão ser visualizadas experiências da demanda turística que mostram como o espaço urbano e o sistema de transportes podem influenciar os destinos e transformá-los em ativos. Nos ensaios, são colocados textos produzidos pelos membros da equipe a partir de estudos para discussões e/ou produção de trabalhos. Nas publicações é possível fazer a leitura do material acadêmico produzido. E, entendendo a importância da construção coletiva, disponibilizamos o espaço colaborações onde se apresentam as diretrizes e orientações para aqueles que desejam contribuir com conteúdo para o blog.